terça-feira, 23 de abril de 2013
Quantas vezes já me senti vazia, oca por dentro, como se ninguém mais fosse capaz de me preencher. E sair porta a fora, era a ultima coisa que eu gostaria de fazer. Tantas incontaveis vezes contei a mim mesma as mesmas historias, como se nunca tivesse fim. Abracei as pernas, e encostei os joelhos no peito, pra segurar a dor. Gritar mais alto do que o proprio coração, muitas vezes não resolvia.
Naquela noite que parecia se infinita, tudo o que se conseguia ouvir eram os seus passos silenciosos na rua escura. Nesses últimos dias sua mente estava como uma esponja, absorvia todas as palavras que conseguia e quando te pesavam, jogava tudo fora.
A voz que vinha de dentro do seu peito agora se silenciara, por ter gritado tanto sem obter resposta, se dissolveu junto a chuva.
A voz que vinha de dentro do seu peito agora se silenciara, por ter gritado tanto sem obter resposta, se dissolveu junto a chuva.
Eu te vi num sonho distante, longe das minhas mãos. Eu posso te ver e por mais que eu tente é tudo inevitavelmente em vão. Eu quero que você me veja tentar. Existe algo em que eu luto e acabo me dispersando a cada tentativa. Seus olhos eu nunca vi e o seu cheiro eu imagino quando a solidão me atinge. Eu me escondo atrás de sonhos evaporados. De tudo o que fala por mim. Incertezas e falhas.
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