terça-feira, 23 de novembro de 2010

Momentos incertos

"E agora por que tão lúcido,
Se antes estive mais?
Porque cobrir feridas da alma com um momento vazio?
Se acordado me sinto tão sonolento,
E dormindo não me sinto tão vivo.

Se cada vez mais o tempo passa,
Estou de volta ao futuro,
Estou de volta ao moderno.
Queria apenas conquistar o passado,
Fugir para o primitivo,
Reclamar o incerto.

Despojado de meu rosto
Descubro a perfeição,
Pois se não há beleza nem tristeza,
Não há ao menos solidão.

E se sorrir é uma mentira,
Quem dera eu ser o mentiroso
Ao menos uma unica vez,
Sentir se tudo fosse novo.
E agora se não há mais um rosto,
Preciso sentir o meu corpo.
E se tudo isso não é um todo
Queria ao menos tocá-la de novo.


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Eu senti saudade de mim mesma
Vi a minha alma virando a esquina como quem corresse de mim
A principio me perdi
Depois te encontrei
Eu sei que te apunhalaram pelas costas, mas me deixe cuidar das suas feridas
Não peço que se apaixone
Mas tente ver algo bom em mim
Meu pensamento é tão seu
Posso estar perdendo tempo aqui parada mas,
Você não me deixa escolha a não ser esperar
Não sei se lhe disseram: esperas são dolorosas
Mas quando vi minha alma virando novamente a esquina algo me disse que ela não me pertencia
A principio te perdi
E não mais me encontrei

terça-feira, 16 de novembro de 2010

"É tudo tão bonito que me dói e pesa. Fico pensando que nunca mais vai se repetir, é só uma vez, a unica, e vai me magoar sempre."


domingo, 7 de novembro de 2010

Passaram tantos dias desde que cheguei na Califórnia. Eu não sei como você está, mas também não sei se gostaria de saber. Tenho me sentido confusa e sem direção por que a tristeza tem ocupado a maior parte da minha mente, e junto dela vem você. Quando me lembro do seu sorriso, logo em seguida meus lábios se puxam levemente de um lado a outro.
Hoje você deve ter tomado três ou quatro doses de alguma coisa que tem te feito esquecer dos meus olhos por algum instante. Eu sei, dói em mim também. Apesar das milhas eu ainda ouço você me chamar. Eu não posso voltar aos mesmos lugares sem que minhas pernas bambeiem. Mas estou sentado agora, no lugar em que me entregou sua vida. Eu confesso que me sinto vazia sem o meu coração, eu sei que ele está com você. E junto de mim, o seu.
Minhas mentiras e minha mente confusa tem nos separado. E meu corpo dói tanto ao ponto de eu acreditar que minha alma quer te encontrar.
Você acreditaria se eu dissesse que eu não tenho conseguido chorar. Eu nem ao menos tenho tentado. O telefone tocou ontem, depois de tanto tempo e espera, mas quando fui atender não era sua voz rouca e lenta chegando aos meus ouvidos.
Eu não sei se é certo dizer mas eu acho que tenho sentido saudades. Também nunca imaginei que isso aconteceria mas...estou me sentindo uma tola agora. Queria que sentisse minhas lágrimas, por que eu não as sinto. Estão guardadas feito mágua travada na garganta. [...]

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Tão livre nos seus lábios, palavras prematuramente tristes.

The Smiths - I don't owe you anything